segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008






















Por fim observem os "passeadores de cães". Só vi em Buenos Aires. Normalmente são estudantes universitários que, para ganharem algum dinheir recolhem cães (cada um mais bonito e puro do que o outro), em casa de pessoas ricas. Levam-nos a passear e às clínicas de Beleza onde fazem todo o tipo de tratamentos de beleza. Meus amigos, eu juro-vos que isto existe. Cheguei a contar 35 cães por uma trela (com várias ramificações, é claro).
Muito mais vos poderia dizer sobre Buenos Aires mas vão lá e andem, andem muito que não se perdem. As ruas são em forma de quadrado (como em Nova York)
Quase sempre viajo em grupos organizados com o Grupo Desportivo do Banco BPI. Tem vantagens mas também tem desvantagens como compreenderão ao longo das minhas narrativas.
Não gostei do 3º dia. Fomos para a Estancia Santa Susana a 90 Km de Buenos Aires. Seria excelente se não fosse tão turístico: Recepção na adega com empanadas de carne e vinho. Passamos ao restaurante onde comemos churrasco criolo. No fim houve espectáculo de danças e música fólclorica, demonstração de tango e um espectáculo tradicional onde alguns "gaúchos" exibiram as suas habilidades como cavaleiros. Disseram que tinham cavalos (adoro montar) e que poderíamos passear livremente pelos campos. Treta! Fomos devagar em fila indiana sem poder sair do trilho. Frustrante! No final da tarde serviram o mate - não deixem de provar esta especialidade (um chá estranho) e pasteis caseiros.Dizem que esta Estancia se dedica a agricultura e criação de cavalos, mas facilmente nos apercebemos pelo aparato de restaurantes e pontos de venda, que a principal fonte de rendimento é o Turismo. Tentem conhecer uma Estância que não esteja virada ao Turismo, que sendo genuína, aí sim, poderão apreciar a vida nas Pampas!
4º dia voo Buenos Aires - Trelew. Estamos na Patagónia. A partir de Puerto Madryn chegamos à Reserva de Fauna de Punta Tombo, a maior colónia de pinguins de Magalhães, mais de 500.000. Tivemos sorte pois fomos em época de acasalamento. Vimos o chamamento do macho, vimo-los fazer os buracos para se abrigarem com as fêmeas e até vimos actos sexuais!! Vou percorrendo os trilhos a menos de 1 m destes simpáticos bichinhos que se aproximam curiosos, com o seu gracioso caminhar. É uma experiência que aconselho vivamente.
No 5º dia, Península Valdés. Fomos para o mar apreciar a imponente Baleia Franca do sul que chega de Julho a Dezembro para acasalar e dar à luz. Na enseada de Valdés estive a curta distância dos elefantes marinhos, criaturas de 3000 kg que repousam na praia e mergulham a mais de 1000 m de profundidade. Aconselho vivamente.
6º dia foi outro que não gostei. Outra Estância. Turismo. Chá de boas vindas, doces regionais. Observação dos cães Kelpis na pastagem de ovelhas. Show de tosquia e explicação sobre exploração, produção, enfardamento e venda de lã de ovinos. Jantar típico: assado patagónico. Seria um dia magnífico se, em vez de um grupo de 50 pessoas, fosse com 2, 3 ou 4 amigos a uma Estância particular onde nos deixassem por 1 dia viver a vid deles!! Compreendem agora uma desvantagem de grupos grandes organizados. Mas não pensem que não existem vantagens. Elas existem.
Por hoje vou acabar. Falta o ponto alto da viagem: o Parque Nacional dos Glaciares. Continuo muito em breve. Espero que estejam a divertir-se como eu me diverti. Até breve






1 comentário:

soft disse...

Então já queria se pisgar com o cavalo pelos montes a galope e com os cabelos ao vento ??
Mas é verdade esses dias e essas viagens de grupo têm sempre essas deslocações supostamente maravilhosas e que ao final somos levados em fila indiana a ver tudo passar ao lado mas fica sempre uma ideia das culturas que visitamos que assim são explicadas ao pormenor.
Mas chegas-te a trocar impressões com os locais ou mesmo os guias sobre a facilidade e se é seguro viajar desde Buenos Aires até à Patagónia sem nada reservado nem horários de "Prontos às 8:00 com as malas" (lol). As pessoas que conheço que fizeram essa viagem também foram em grupos. Mas como cada vez mais procuro destinos sem destino. Gosto de absorver esse tipo de dicas.
Mas estou a gostar e espero com ansiedade a descrição de um dos últimos locais selvagens mas turisticamente possível.
Hugo Freitas